O cordel se originou em Portugal pelos trovadores medievais que cantavam poemas em formas de história entre os séculos XII e XIII para a população, onde a maioria não era letrada, com o tempo desenvolveram um método de impressão que acabou possibilitando a escrita desses cordéis, e assim sua distribuição ao povo de forma escrita, dessa maneira nasceu o cordel, pendurado em cordas e exposto para a população.
O cordel chegou ao Brasil pelos colonizadores e acabou por se popularizar pelo nordeste, onde há também o imaginário folclórico, de forma mais ativa do que nos demais estados brasileiros, é uma narrativa da cultura nordestina, que hoje faz parte das tradições nortistas e é um dos grandes orgulhos do povo nordestino, ajudando de forma presente na alfabetização, se tornando assim não só patrimônio cultural mais também fonte de ensino. Ao longo dos anos o cordel esteve sim vivo, porém não tinha tanta visibilidade quanto a literatura tradicional, por esse motivo houve uma dificuldade em encontrar uma sede para que a academia fosse fundada.
A academia brasileira de literatura cordel foi fundada no dia 7 de setembro de 1988, era ano político na câmara de vereadores do rio de janeiro, um político procurou os cordelistas para oferecer uma sala que seria a sede da academia, porém não é ai que história começa, no ano de 1978 Gonçalo Ferreira que era um cordelista apaixonado pela literatura de cordel e por toda a cultura que sempre esteve ali presente, tinha uma banquinha onde ele reunia outros cordelistas realizando assim por alguma vezes uma feira nomeada como feira de São Cristóvão sobre cordel, dessa forma ele conseguiu atrair alguns pesquisadores interessados pelo cordel e foi nesse momento que nascia a esperança de uma futura academia de literatura de cordel, no final do ano de 1980.
Quando fundada, academia tinha apenas 3 os cordelistas, o presidente Gonçalo Ferreira da silva, o vice Apolônio Alves dos Santos e o diretor cultural Hélio Dutra, as primeiras reuniões foram realizadas nas salas fornecidas pelo político, que não cobrava aluguel, mas após um tempo iniciaram uma fase difícil onde ficaram sem lugar para os encontros e reuniões e assim começaram a peregrinação de lugar em lugar. Se reuniram em lugares como, bares, lanchonetes e restaurantes, até que aconteceu algo muito bom, em uma visita que fizeram a diretoria da academia internacional de Letras, uma pessoa de uma notável paixão pelo cordel Abelardo Nunes, acabou por oferecer a Federação das Academias de Letras do Brasil, onde passaram a fazer as reuniões, e um ano após isso foi fundada a academia.
